Do mesmo modo que a obesidade está relacionada a uma ingestão calórica maior do que o gasto energético, a perda de peso está relacionada a um gasto energético (calórico) maior do que o número de calorias que são absorvidas (não utilizei a expressão “calorias ingeridas” porque em algumas situações as calorias são ingeridas mas não são absorvidas).
São
inúmeras as causas para a perda de peso e é quase impossível rever todas
aqui. Mencionaremos algumas mais
comuns, com ênfase nas de origem endócrina.
Quando
se ingerem alimentos, estes devem ser digeridos no trato intestinal e os
produtos desta digestão devem ser absorvidos para dentro do organismo para
serem utilizados. Doenças que
interferem na digestão, como por exemplo alteração pancreáticas e doenças que afetam
a absorção de alimentos, são causas importantes de perda de peso. Pessoas que estão perdendo peso e apresentam
alterações no ritmo intestinal ou dor abdominal recorrente devem procurar seu
médico para uma avaliação nesta área.
Depois
que o alimento é ingerido e absorvido ele tem que ser metabolizado para ser
utilizado pelo organismo; algumas doenças, como diabetes mellitus podem afetar
a capacidade de utilização das reservas energéticas. Perda de peso tanto pode ser a queixa inicial, que leva a um diagnóstico
de diabetes como pode ser um sinal de que a pessoa diabética não está bem
controlada.
Depois
que o alimento é ingerido, absorvido e metabolizado ele será utilizado e
doenças que alteram o ritmo de utilização de calorias, aumentando o gasto energético
podem ter diversas causas. Doenças
infecciosas, doenças reumatológicas e neoplásicas podem afetar o metabolismo,
aumentando o gasto energético. A falta
de cortisol, um hormônio produzido na adrenal, pode causar inicialmente uma
perda de peso (chamada de síndrome de Addison).
Excluindo o diabetes
mellitus, a causa endócrina mais freqüente para a perda de peso é o aumento dos
níveis de hormônio tireoidiano no sangue, chamado de tireotoxicose. Nesta condição, o excesso de hormônio
tireoidiano acelera o metabolismo, aumentando o gasto energético.